Olá, sou Carlos Alberto Borges, nascido em 1958 em Içara, uma pequena e amável cidade no interior do estado de Santa Catarina. Iniciei desde cedo a busca pela arte desenhando e pintando - duas boas ferramentas nas mãos inquietas de um jovem curioso e talentoso para criar e se divertir. Essa aura de prazer e diversão continua até hoje em minhas criações, dando asas à expressão. A natureza foi gentil e generosa com a minha juventude, permitindo que ela fosse criativa e produtiva, tanto que aos 20 anos comecei a mostrar ao mundo o fruto colorido de uma ideia única de pintura e escultura - um jardim de maravilhas e beleza. 

E a busca pela arte me fez procurar novos horizontes, e o Rio de Janeiro parecia o lugar ideal onde algumas habilidades poderiam ser lapidadas: em 1978 frequentei o estúdio de Marly Faro, fazendo cerâmica e escultura. Foram três anos no Rio durante este período fecundo participei de vários coletivos, inclusive recebendo o prêmio Artista de Argila do ano de 1981. De volta à Santa Catarina, continuei as atividades com cerâmica e montei um ateliê de cerâmica juntamente com alguns colegas onde lecionei por um período e evoluí como artista. Está rica fase culminou com a construção do meu ateliê próprio.

Segui anos evoluindo minhas técnicas e produzindo artigos, desenhos e ilustrações de moda, criando linhas de estampas para a indústria de vestuário. Concreto, gesso e resina materializaram a minha criação na fase seguinte, o que deu mais massa à  obra. Participei do Studio Coletivo de Florianópolis onde, com a parceria dos artistas montei alguns coletivos e individuais no Brasil e no exterior. Pronto para mais um renascimento, fui à Europa ver de perto como a arte renasceu ali. Quantas vezes um ser tem que renascer para se tornar um artista?

Já são anos de estrada dedicado à arte, como pintor, escultor, artista plástico e escritor. Trabalho e mais trabalho é o que realmente leva a uma abordagem mais próxima da criação. 

Hoje, entre o atelier-galeria no Brasil e o acervo disponível em Orlando, procuro fazer meu trabalho em sintonia com cada lugar. Acredito que o exercício de pintar meu momento é uma forma de mesclar e me adequar aos temas distintos.